terça-feira, 31 de maio de 2011

Épocas Que Marcaram Na História do Clube.

Anos 40 e 50, época conhecida como O Expresso da Vitoria.


Após conquistar a Taça Luís Aranha, em 1940, o clube passou por um considerável período sem títulos de 4 anos, até a formação de um grande time: conhecido como o "Expresso da Vitória", uma equipe praticamente  imbatível na época. O Expresso começou a se formar quando a diretoria contratou o técnico uruguaio Ondino Vieira para acabar com o jejum de títulos. Vieira chamou para o elenco vascaíno jovens e desconhecidos jogadores, como Augusto, Eli, Danilo, Ademir, Lelé, Isaías e Jair. Com esses jogadores, foi formada a base do Expresso.
O Vasco então voltou a conseguir resultados expressivos mais rapido do que o esperado. Em 1944 venceu o Torneio Relâmpago, superando os outros quatro grandes da época que eram Flamengo, Fluminense, Botafogo e América, e em seguida, ganhou o Torneio Municipal, contra os mesmo clubes grandes e  todos os outros do Rio de Janeiro.
Foram dois títulos cariocas invictos, em 1945 e 1947. Este titulo de 1947 rendeu ao clube o convite e uma aportunidade de disputar o que seria o primeiro torneio internacionl, o  Campeonato Sul-Americano de Campeões. Além do Vasco, estavam lá grandes potências da época, como o temido River Plate que era dirigido por Di Stéfano, apelidado na Argentina de La Maquina e favorito ao título, além de Nacional do Uruguai e Colo-Colo do Chile. Após quatro vitórias e um empate o Vasco jogava com o River Plate pelo empate para ser consagrado campeão. Em partida nervosa, com direito a um gol do Vasco mal anulado no primeiro tempo e pênalti defendido por Barbosa no qual era o goleiro vascaino no final do jogo, o 0 a 0 foi o suficiente para dar ao Vasco o seu maior título no futebol até então.
Em 1949, o clube cruzmaltino ainda conquistaria mais um título carioca invicto, com uma goleada sobre o rival Flamengo em plena Gávea por 5 a 2, após estar perdendo por 2 a 0.
Na Copa do Mundo de 1950. A base da Seleção Brasileira era vascaina, a começar pelo técnico Flávio Costa, na época também técnico do Vasco. Do time titular, cinco jogavam no Vasco: Barbosa, Augusto, Danilo, Chico e Ademir. O fato acabou rendendo muitas críticas a Flávio Costa, que foi acusado de favorecer os jogadores do Vasco no regime imposto por ele do que os demais jogadores da seleção. Porém, no dia 16 de julho de 1950, a seleção seria derrotada em pleno Maracanã pela Seleção Uruguaia, em episódio conhecido como Maracanaço. Mais tarde, um jogador vascaíno acabou virando o bode expiatório da derrota: o goleiro Barbosa. Acusado de falhar no primeiro gol, porém todos acreditam que isso foi feito pelo fato de Barbosa ser Negro até mesmo porque foi um dos destaques da Seleção, Barbosa acabou sendo apontando pelo povo e pela crítica como o principal culpado pelo resultado.
Mesmo abatido, o vasco conquistaria o estadual daquele ano e também o de 1952, encerrando aquela que foi uma das fases mais vitoriosas do clube. Terminando assim  Expresso da Vitória que seria desmanchado logo no inicio dos anos 60.


Anos 90, Grandes Idolos e Grandes Conquistas.


A década de 1990 no Vasco ficou marcada pela despedida do futebol do maior ídolo da história e atual Presidente do clube, Roberto Dinamite se aposentou no ano de 1993, mas no mesmo ano ja surgiram novos ídolos como Edmundo, Felipe, Pedrinho e Juninho Pernambucano. Em 1992, o clube ganhou o título que marcaria o início da conquista do tricampeonato estadual, completado em 93 e Campeonato Carioca de Futebol de 1994, para depois, em 1997, em um ano brilhante de Edmundo que conseguiu a marca de ser o maior goleador de um  mesmo campeonato brasileiro, a conquistar o tricampeonato brasileiro.
O clube completava, 100 anos no ano de 1998, comemorando seu centenário. O Centenário do clube foi o tema do carnaval da Unidos da Tijuca, que compôs um samba-enredo, imortalizado pelos torcedores vascaínos antes mesmo do desfile daquele ano e que, até os dias atuais, é entoado pela torcida vascaína. Mas essa era a primeira das muitas comemorações que viriam naquele ano. O clube ainda se tornaria o campeão do Campeonato carioca e o unico clube sul americano a ser campeão da Copa Libertadores da América no ano do Centenário (Desculpa corinthianos rs). Sendo conqistado no dia 26 de agosto, apenas cinco dias após o aniversário do Clube. A alegria do centenário só teve uma "tristeza" que foi a derrota no Mundial Interclubes para o Real Madrid.
No ano seguinte ao centenário, o Vasco conquistaria o Torneio Rio-São Paulo, e chegava ao fim dos anos 1990 repleto de glórias.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Criação Do Clube de Regatas Vasco da Gama.

A Fundação Do Clube.

O vasco foi criado no dia 21 de agosto de 1898, por quatro jovens remadores, que cansarão de ir até Niteróu para praticarem o remo(esporte favorito).Muitos Fatos marcaram os primeiros anos após a criação da instituição, porem o que mais destacou foi a aleição do primeiro presidente negro da história dos clubes esportivos do Rio de Janeiro, em uma época em que o racismo dominava o esporte.


O clube reseolve se aventurar no futebol.

Após o sucesso no mar sendo campeão carioca de remo logo no 2° ano de existencia, no dia 26 de Novembro de 1915 o Vasco se fundiu com o Lusitânia F.C. e formou seu primeiro time de futebol. Em 1923, após vencer a divisão de acesso do Campeonato Carioca, 2ª Divisão do Campeonato Carioca no ano anterior, o clube se uniu aos outros grandes do Rio de Janeiro, e conquistou o título logo em seu ano de estreia. As Times que perderam para o Vasco ao longo da competição nã aceitaram tornando-se inadmissíveis para os adversários, que logo começaram a alegar que o quadro de atletas cruzmaltinos era formado por pessoas de "profissão duvidosa" e que o clube não possuía um estádio, simplismente querendo excluir o Vasco do campeonato.
Após a tentativa fracassada de ver o Vasco da Gama fora da competição em 1923, os clubes da zona sul no qual era considerado a área de elite da cidade do Rio de Janeiro, Botafogo, Flamengo, Fluminense e alguns outros clubes encontraram a solução para se verem livres dos vascaínos no ano seguinte. Assim, se uniram, abandonaram a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres e fundaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, deixando de fora o Vasco, que só poderia se filiar à nova entidade caso dispensasse doze de seus atletas, no qual os doze atletas eram negros, demonstrando um certo sinal de racismo, sob a acusação de que teriam "profissão duvidosa". Diante da situação imposta, em 1924, o presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, José Augusto Prestes, enviou uma carta à AMEA, que veio a ser conhecida como a "resposta histórica", recusando a se submeter à condição imposta e desistindo de filiar-se à AMEA. A carta entrou para a história como marco da luta contra o racismo no futebol, a carta esta no estadio de São Januário, deixada para exposição. Irei postar a baixo a cartea enviada para por Jose Augusto para a AMEA(Associação Metropolitana de esportes Atleticos).




A Carta Enviada.


M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções. Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.
Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.
São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.
Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.
Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado